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Encontrando a turma

Segunda-feira modorrenta de quarentena. Mais um grupo me convida para membro no Facebook e eu quase declino automaticamente (como faço muito) antes de ver o título: Grupo de Cinema Ribeirão Preto. Ponderei, desconfiada, pois já entrei e saí de outros grupos de cinema que não me acrescentaram muito. Mas não custava checar.

E chequei.

Logo de cara gostei de a foto de capa ser a de um trem antigo, com certeza aludindo ao assombro que os espectadores da primeira sessão de cinema da história sentiram com a imagem de um trem vindo na direção deles, como se fosse sair da tela. Mas o que me enlouqueceu mesmo foi um post que propunha lembrar nos comentários frases de personagens de filmes famosos para que os demais acertassem a qual título pertencia, começando com “We’re not in Kansas anymore”. Acertei de primeira em “O Mágico de Oz” e gastei uns bons quartos de hora na brincadeira, que nem viciada…

Aaaaaaaaahhhh… ‘Cêis não sabem como cinéfilo pira com este tipo de desafio! (saca pinto no lixo? nerd em convenção de ficção científica?). Lembrei da última vez que me senti empolgada assim. Tinha por volta de 20 anos e visitava pela primeira vez o apartamento de um casal amigo, que propôs um jogo de tabuleiro entre seus convidados. Consistia em responder perguntas sobre cinema para avançar no jogo. Eu não errava uma! E fiquei tão entusiasmada que os presentes me acharam uma exibicionista e os anfitriões nunca mais me convidaram. Percebi ali como sentia falta de compartilhar a paixão por cinema, que cultivo desde pequenininha.

Fui criança estranha, que não gostava de desenho animado, mas não dava um pio em frente à televisão de tubo ligada na Sessão da Tarde. Era uma “esponja” quando se tratava de guardar nomes de diretores, atores e notícias sobre filmes, enquanto esquecia facilmente o que havia comido no almoço. Devorava revistas especializadas numa época muito anterior ao advento da internet. Adolescente solitária, gastava os finais de semana entrando e saindo de cinemas de rua em um tempo em que salas de shoppings eram raridade e eu só me locomovia de ônibus coletivo.

Cultivei por anos, sem me dar conta, o desejo secreto de ter com quem “trocar figurinhas” sobre o assunto, de preferência pessoas que, como eu, se realizassem plenamente como público, sem se levar tão a sério a ponto de se arvorarem críticos (por isso saí de muitos grupo de cinema antes). Com este objetivo criei, em 2009, meu primeiro blog, o CINÉLIDE, para publicar comentários meus sobre filmes e receber outros de leitores. Mas sua audiência nunca foi muito grande e os comentários, então… bissextos!

É verdade que, por ser jornalista e escrever demais (hehe), talvez eu tenha intimidado e desencorajado involuntariamente o engajamento. Mas o que eu sempre quis mesmo foi algo muito prosaico: trocar informações sobre atores e diretores favoritos, indicar e receber indicações de títulos e (SIM!) de vez em quando brincar de adivinhar títulos de filmes (como já passei madrugadas fazendo em brincadeiras de mímica).

Por isso acho que encontrei uma turma das boas no Grupo de Cinema Ribeirão Preto. Já peguei um monte de dicas sem frescuras, li posts sobre curiosidades do cinema (já viram a cara lisa da Linda “Mulher Maravilha” Carter aos 68 anos???) e ri muito com memes temáticos – como este aí (à esquerda), que traz foto do Yul Brynner em “Os Dez Mandamentos” aludindo com bom humor à pandemia do coronavírus (sim! também precisamos rir, em meio a tanta notícia triste).

Obrigada, pessoal, por se relacionarem com o cinema dessa forma tão leve e lúdica, como eu sempre quis, e ainda me convidarem a partilhar.

Saudações, cinéfilas!

Compaixão e voluntarismo

A cabeleireira e protetora de animais independente Ione Vigatto

Desde que foi iniciada a quarentena em Ribeirão Preto, há cerca de dois meses, a cabeleireira Ione Vigatto não recebe um centavo de rendimento, pois só ganha se trabalhar. Também não tem uma reserva financeira que custeie suas contas a longo prazo. Mas ela não está exatamente preocupada consigo mesma. O que a fez cadastrar-se no Projeto Guarda-Chuva foi o medo de não ter como alimentar os seis cachorros dos quais cuida atualmente, na casa que divide com a mãe, no bairro Campos Elíseos.

Protetora de animais por vocação, Ione é sempre lembrada quando se trata de vítimas de maus tratos. Não descansa até resgatá-los dos agressores. Em seguida, ela os recupera e trata até lhes arranjar novos lares, mas só os cede para adoção após certificar-se de que os candidatos a tutores são responsáveis e amam animais. Do contrário, permanecem sob sua carinhosa guarda indefinidamente.

Este está sendo o caso do lhasa Pingo, que a protetora resgatou das garras de uma pessoa que lhe dava surras com cabo de vassoura. “Por conta disso, ele não tem os dentinhos superiores e inferiores da frente”, conta. Outros três cãezinhos da raça beagle ela salvou de serem mortos a golpes de barra de ferro – “enfrentei a pessoa e resgatei os três”, conta. Um deles já foi adotado, mas a fêmea Sofia e o macho Jeyk continuam com ela.

Ione também tem as mestiças de pinscher Thytinha e Donny, que ganhou. Adotou a vira-lata Raja, que lembra um pastor alemão no tamanho e tem pelagem caramelo toda rajada – “Linda”, derrama-se. Ainda trata animais de rua e socorre atropelados – tudo às suas próprias custas. Por isso desesperou-se quando, poucas semanas após o início da quarentena, percebeu que não conseguiria renovar seus estoques de ração. “Não consigo ver meus animais com fome. Para mim pode até faltar algo, mas para eles, não! Quando não estou trabalhando, não tenho de onde tirar, pois não conto com ajuda de ninguém”, explica.

No dia seguinte à constatação, Ione viu na rede social Facebook uma postagem sobre o Projeto Guarda-Chuva propondo troca de trabalhos. Cadastrou-se imediatamente, oferecendo seus serviços de cabeleireira em troca de ração para os animais. Quando checou seus e-mails novamente, viu a resposta de uma das envolvidas no projeto, Sandra Molina, solidarizando-se com sua demanda. Poucos dias e duas conversas por telefone depois, Sandra estava entregando, na casa de Ione, dois sacos de 15 kg de ração cedidos pela AVA (Associação Vida Animal).

“Que Deus abençoe muito as pessoas envolvidas neste Projeto Guarda-Chuva e na AVA”, repetia Ione, agradecida, enquanto dava entrevista para esta reportagem. Mas não pensem que só os seus animais se beneficiaram da doação. A cabeleireira doou metade de um dos sacos de ração ao novo dono do beagle que acabou adotado. Outro tanto foi para uma cuidadora de animais em pior situação financeira que a sua. “Se sei de vizinhos ou conhecidos que precisam de ração, também doo. Não sei como vai ser quando acabar, mas sei que, de alguma forma, Deus proverá”, profetiza.

Atualmente, Ione luta para resgatar um shitzu vítima de maus tratos e está precisando muito de uma casinha de cachorro grande, para atender o casal de beagles que ficou.

AVA

Instituição sem fins lucrativos, que cuida de cães e gatos em Ribeirão Preto, a AVA tem sede própria à rua João Ramalho, 179 – Campos Elíseos. De lá, ao lado de outras ONGs e instituições, propõe políticas públicas para a causa animal, promove atendimento veterinário a preços populares, organiza mutirões de castração e eventos para adoção, mas também depende muito de doações.

Segundo uma de suas diretoras, Cristina Dias, foi uma sorte que, quando Sandra Molina perguntou se tinham como ajudar Ione, a ONG havia acabado de receber doação de uma indústria de ração. “A Sandra foi buscar e entregou, o que é uma grande coisa, porque tudo custa, até essa logística de transporte”, comenta.

Professora universitária, doutora em História e contribuinte em várias ONGs (a AVA entre elas), Sandra é, acima de tudo, uma idealista. Ela integra o grupo de membros do IPCCIC (Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais), que teve a ideia do Projeto Guarda-Chuva, e foi quem fez a conexão entre a necessidade de Ione e a ajuda da AVA. Diz que viu na cabeleireira o retrato de muitos brasileiros com compaixão suficiente para ajudar necessitados, humanos ou não. “No caso da Ione são os cachorros. Quando fui levar, fiquei impactada com o trabalho dela. Depois eu soube que ela repassou uma parte da ração que recebeu para outras duas famílias. Isso é o que as Ciências Humanas chamam de alteridade. Não interessa o que você pensa politicamente, se você quer ajudar, tem como”, comenta.

Sandra acredita que o Guarda-Chuva vem atender não só pessoas carentes de ajuda, mas também as que querem ajudar mas não sabem como. “Não é que os brasileiros não se importam [com quem precisa], muitos deles não sabem por onde começar. O Guilherme [jornalista, que também integra o IPCCIC] levantou isso e a gente se uniu para pensar em uma coisa para as pessoas se ajudarem nos moldes da economia sustentável. Começamos a pensar na ‘moeda verde’, que usa muito o escambo e estamos trabalhando”, conta.

Com mais de um mês de atuação, o projeto tem ajudado muitas pessoas a se ajudarem umas às outras. Todos são bem-vindos.

Como tudo começou

A história deste blog foi gestada durante um ano inteiro da minha vida que passei como jamais imaginei em meus piores pesadelos… ou sonhos.

Pesadelos porque tudo começou com um grave acidente de moto, no qual fraturei ossos das duas pernas… Sonhos porque, ironicamente, marcou o início de um processo de auto-conhecimento e resgates pessoais que nunca havia experimentado antes.

Passado o período de visitas e testemunhos de solidariedade que comumente se segue a um sinistro, ficamos só eu e meu marido às voltas com meus tratamentos. Ainda assim, na maior parte do tempo, de certa forma eu estava sozinha naquela condição de imobilidade e dependência física total, tentando elaborar aquilo tudo na minha cabeça.

Escrever, então – algo que passei décadas fazendo só profissionalmente -, passou a ser uma necessidade existencial e acabou se revelando terapêutica.

Publicar meus escritos no Facebook foi uma ação reflexa, que resultou numa interação insuspeita e muito bem-vinda em um período de isolamento forçado.

Fui estimulada a escrever mais e logo a criar um canal onde pudesse reunir meus escritos.

A rotina de hospitais, cirurgias, exames, sessões fisioterápicas e terapêuticas só me permitiu seguir essa sugestão quase um ano depois e graças a cursos online – que me obriguei a fazer nos períodos de convalescença para aproveitar o tempo de forma mais útil. Aprendi a criar blogs e o Palavreira foi o primeiro “filho” desta nova habilidade.

O nome referencia uma profissão imaginária de combinar palavras para dar sentido às coisas. E porque me imagino, às vezes, colhendo palavras de uma árvore frondosa para alimentar minha alma sedenta de expressão. Se essa árvore existisse, eu a chamaria assim (by the way, nasci no Dia da Árvore).

O blog Palavreira começa com alguns textos selecionados entre os que publiquei na rede durante meu período de recuperação, sob a hashtag “Crônicas de Acidentada”. Também selecionei os artigos que mais gostei de publicar no jornal onde trabalho desde 2012.

A ideia é que isso seja só o começo…

Porque escrever pura e simplesmente para expressar o que vai na alma, sem preocupação com objetividade ou deadlines, foi um prazer que resgatei para todo o sempre.

Pretendo seguir abastecendo o Palavreira com textos autorais, mas também com colaborações de amigos e qualquer outro conteúdo interessante – inclusive notícias – para quem, como eu, está disposto(a) a compartilhar a paixão pela escrita e o prazer da leitura neste fórum.

Considere isso um convite.

A imprensa retratada no cinema

Por ser jornalista, sempre me interessou saber como o cinema retrata a imprensa em diferentes produções. Das que assisti até hoje, porém, foram poucas as que retrataram com um mínimo de fidelidade os bastidores do jornalismo ou o modus operandi de seus profissionais. Na maioria, os jornalistas são descritos de forma caricata – ou como profissionais sem ética obcecados por um furo ou como românticos “quixotes” desafiando o establishment – e quase sempre sem nenhuma preocupação com prazos de fechamento.

Os jornalistas das comédias românticas, então, sequer são vistos dentro de uma redação, pendurados ao telefone ou concentrados na tela do computador (como costumamos passar a maior parte de nosso tempo em serviço). Têm tempo para tudo, fazendo muitos espectadores acreditarem que o jornalismo é a profissão mais glamourosa do mundo.

“Adoro Problemas”, por exemplo, mostra Julia Roberts e Nick Nolte como dois jornalistas que se apaixonam enquanto disputam quem dá primeiro cada notícia. Festejados como estrelas em seu metier, eles vestem-se na última moda, misturam opiniões pessoais a fatos em seus textos e nunca estão dentro de uma redação (totalmente fora da nossa realidade).

“Sintonia de Amor” é uma ótima comédia romântica, a despeito da forma pouco realista com que retrata a jornalista interpretada por Meg Ryan. Também sempre bem vestida, a personagem nunca aparece fazendo uma reportagem ou sendo pressionada com prazos pela editora, que é muito boazinha, por sinal. Em dado momento até concorda em aprovar uma viagem, às custas da publicação, para a jornalista passar quanto tempo precisar do outro lado do país conhecendo quem ela acredita ser sua “pessoa certa” (acreditem, há editores legais, mas bonzinhos assim, JAMAIS!).

É uma delícia ver, em “Jejum de Amor”, de Howard Hawks (dos também ótimos “Levada da Breca” e “À Beira do Abismo), as mil confusões que o editor interpretado por Cary Grant apronta para impedir o novo casamento da ex-mulher, também sua melhor repórter. Rosalind Russel está fantástica no papel, tanto que sua interpretação inspirou outros personagens jornalistas do cinema – Jennifer Jason Leight , por exemplo, a reverenciou em sua interpretação da jornalista carreirista de “Na Roda da Fortuna”, filme-homenagem dos irmãos Coen ao cinema de Frank Capra -, mas sua personagem também era glamourosa demais para ter alguma conexão com a realidade.

Neste gênero, só me lembro de um filme que retrata com alguma veracidade os bastidores da imprensa. “O Jornal” acompanha apenas um dia na redação de um tablóide americano em que o editor (Michael Keaton menos canastrão que o habitual) tenta conciliar as demandas da esposa (Marisa Tomei) – também sua melhor repórter, em licença-maternidade e carente de atenção – com a administração de uma equipe de repórteres que manda para a rua levantar todos os lados da manchete do dia.

Glenn Close está fantástica como a administradora que ele tem que tourear para conseguir mais prazo para apurar bem a história, sob pena de dois inocentes serem condenados pela opinião pública. “Publique que foram eles hoje. Amanhã publicamos que não foram”, diz ela tentando convencê-lo a cumprir o deadline (horário de fechamento) da gráfica.

Uma das passagens de que mais gosto no filme é aquela em que o editor (Robert Duval) narra para uma Glenn Close obcecada por prestígio um episódio em que ele, então correspondente internacional em um evento mundial, aceita, junto com outros colegas, o convite de um artista para badalar em um bar chique. Todos se divertem até chegar a conta, astronômica, que ninguém conseguiu pagar. Era sua forma de fazer a deslumbrada em questão entender que “apesar de circular neste mundo (das celebridades), nós (jornalistas) não fazemos parte dele” (você aí, que pensa em seguir a carreira, LEMBRE-SE BEM DESTA LIÇÃO).

O Dossiê Pelicano” não é comédia romântica, mas também trata o repórter interpretado por Denzel Washington como uma espécie de superstar da notícia, que de repente toma ares de detetive-herói quando começa a ajudar a estudante de Direito vivida por Julia Roberts (dá um tempo, né?)

Os verossímeis

Quem diria que num filme de ficção baseado em quadrinhos encontraríamos um exemplar verossímil de muitos editores inescrupulosos e carrascos que existem por aí? Não sei os demais coleguinhas, mas a mim o personagem J. Jonas Jamison, da trilogia “Homem Aranha“, soa muito familiar.

Mas é no gênero drama que o jornalismo encontra seus críticos mais ferozes. Grande clássico da sétima arte, “A Montanha dos Sete Abutres” (Billy Wilder, claro!) traz Kirk Douglas (ótimo, sempre!) na pele de um jornalista inescrupuloso que faz de tudo para voltar a ter prestígio, retardando o salvamento de um mineiro que está preso nos escombros de uma mina para alimentar sua coluna.

No cinema brasileiro, o filme que melhor enfoca os bastidores da imprensa, em minha opinião, é “Doces Poderes“, não por acaso dirigido por uma jornalista, Lúcia Murat. A história principal gira em torno de uma editora (Marisa Orth, desconfortável em um drama), que chega à redação de uma TV de Brasília para comandar a cobertura das eleições.

O filme é cheio de depoimentos em primeira pessoa de outros personagens jornalistas que falam dos “sapos” que têm que engolir na profissão, principalmente neste tipo de cobertura. Os “coleguinhas” também vão reconhecer cenas muito familiares, como Marisa Orth correndo contra o tempo para editar a fita de uma reportagem que acaba de chegar “da rua” e precisa entrar na edição do jornal a minutos de entrar no ar.

Mas, de todos os filmes que retratam a imprensa que já vi ,existe um, baseado em fatos reais, que está no topo da minha preferência, e não é o semi-documental “Todos os homens do presidente“, que toda faculdade de jornalismo obriga seus alunos a assistirem por mostrar os bastidores da investigação sobre o famoso caso Watergate, responsável pela renúncia do presidente Richard Nixon.

Adoro e RECOMENDO a todos “O Informante“, com os fantásticos Al Pacino e Russell Crowe nos papéis, respectivamente, de um pauteiro do jornalístico televisivo “60 Minutos” e sua fonte, um ex-executivo de uma indústria de cigarros. Por ser baseado em livro do próprio Lowel Bergman (o jornalista em questão), que narra sua história real, mostra com fidelidade os bastidores da imprensa norte-americana.

Bergman e Wingand (o executivo) sofrem o diabo depois que o primeiro convence o segundo a testemunhar contra toda a indústria, que subtraiu ao público a informação de que cigarro vicia. A postura do jornalista na defesa de sua fonte, contra toda a campanha de difamação e de destruição que a indústria arma contra ela, é de dar orgulho a qualquer “coleguinha”. Este sim deveria ser obrigatório nas faculdades de jornalismo… e na disciplina de “Ética na comunicação”.

Por fim, antes que alguém me acuse de ter esquecido de citar o clássico supremo “Cidadão Kane“, lembro que o foco do filme nem está sobre o personagem de um simples jornalista, mas de um magnata da imprensa – ou seja, sobre um “dono de jornal” – por isso, não há como analisar a verossimilhança do filme para com o jornalismo real (pelo menos do meu ponto de vista).

Bem, estes são alguns dos filmes que eu vi retratando, bem ou mal, a imprensa. Se alguém mais – jornalista ou não – tiver mais lembranças ou indicações a fazer, por favor, manifeste-se.

A blogueira

Nasci Silvia Cristina Pereira, no Dia da Árvore (21 de setembro), em Ribeirão Preto/SP e aceitei o sobrenome Pelegrina pelo casamento.

Cresci criança estranha, voltada para dentro e se aprendi a fazer amigos só bem tarde na vida foi porque isso não se ensina em livros e filmes, meus companheiros desde pequenininha.

Indecisa, às portas da faculdade só sabia que queria continuar conectada às palavras, com as quais já brincava prazerosamente nas aulas de Português e Literatura.

Chutei em Jornalismo… e acertei!  O amor pela escrita levou-me a construir uma carreira de quase 30 anos (currículo) em jornais impressos, com poucas passagens por assessoria de imprensa e produção de TV.

Para contrabalançar a aridez dos textos jornalísticos, continuei a cultivar a escrita literária como hobby solitário.

Em 2016, um grave acidente de trânsito – que me rendeu quatro cirurgias e um ano inteiro de tratamentos – fez o hobby virar válvula de escape, terapia, conexão com o mundo… e não coube mais só na intimidade.

Pari assim o Palavreira, que primeiro reuniu minhas #crônicasdeacidentada, postadas numa rede durante o tratamento. Com o tempo, este blog tornou-se um fórum para compartilhar a paixão pela escrita e as reflexões que pode despertar.