Mais uma peça do teatro insano que se chama política brasileira tomou os horários das emissoras de TV. Tudo bem ensaiado e os atores não precisaram nem da coxia para dar as deixas. Mas isso não é novo para ninguém, e por ser tão previsível, nos humilha.
Isso, humilhação! Esse é o sentimento que se apodera de nós a cada vez que assistimos a um espetáculo mambembe de atores medíocres, textos decorados e o dinheiro da plateia já distribuído pelo diretor e guardado nas malas.
Vivemos de golpes, roteiros que vão mudando conforme a peça se desenrola, mal escritos, certamente por nenhum Shakespeare, mas coalhado de traidores tão cruéis, que nem ele, o Bardo de Avon, poderia imaginar.
Então, onde estamos mesmo? Ah! No Brasil. Aliás, nos Brasis, pois por ser tão grande e confuso se divide em escalas de tragédias e desníveis, formando um aglomerado de estupefações, perdido entre três poderes que mais parecem um só ou nenhum, mancomunados, cada qual salvando sua pele com descaramento e perfídias, escondendo a sujeira debaixo do tapete ou em bancos da Suíça.
Vamos ao teatro. Muitos não gostam de dividir o palco e esticaram suas falas além do necessário, levantando bordões de amor à pátria.
Desnecessário.
A peça acabou e poucos aplaudiram. Quem esperou pacientemente todos os atos talvez tivesse a esperança de que alguns atores se confundissem e trocassem o texto, o sim pelo não. Mas, embora pífios, são experientes, macacos velhos na artimanha de representar e têm muito tempo para decorar.
Outra grande obra está sendo escrita. Grande no mau sentido. Logo vai estrear. Não é de graça, mas não percam. Afinal, todos nós já pagamos pelo o ingresso. E muito caro.
1 comentário
Eu nem tive coragem de acompanhar… O último espetáculo desses que vi foi o do golpe na Dilma.