Silvia Pereira
Sobre aquele “botão de emergência” a que me referi em uma #crônicadeacidentada… acho que foi definitivamente desligado.
Talvez porque minha parte física esteja sarando mesmo ou porque a volta ao trabalho trouxe ansiedade… o fato é que, nos últimos dias, não consegui manter a mente semi-vazia, como quando concentrada nos esforços da recuperação de meu acidente.
Prova disso foi a volta de sintomas funestos de um bruxismo severo – que durante os períodos críticos de recuperação do acidente concederam-me a graça de diminuírem.
Na última semana voltaram com força total: a aflição de ser puxada de dentro do sono por uma dor-de-cabeça terrível… ser despertada por ela… iniciar o dia cansada, como se tivesse passado a noite toda me exercitando; sentir bolsas de inchaço debaixo dos olhos; tijolos pesando sobre pescoço e o trapézio doloridíssimos – de onde, às vezes, as dores se ramificam para a cabeça toda (rosto incluso)…
Uso placa de mordedura para dormir já há uns 15 anos, mas tenho a sensação de que ela é mais eficaz em proteger meus dentes do que em amortecer o travamento de minha arcada “nervosinha” – só o que muda com o uso ou não dela é o feixe de músculos que doem, o que me leva à conclusão de que dormir “sem ela” é ligeiramente pior do que “com ela”.
“a aflição de ser puxada de dentro do sono por uma dor-de-cabeça
terrível e ser despertada por ela… de iniciar o dia cansada…”
Já me meti em tratamentos os mais variados contra o problema: de acupuntura a uma técnica inventada por profissional ribeirão-pretana que prefiro não citar (longa história). Em todos só consegui melhorar os sintomas por algum tempo.
Pesquisando a literatura disponível sobre o assunto, minha impressão é de que a comunidade médica não está empenhada em encontrar uma cura para o problema, pois conhece-se muito apenas seus sintomas e sabe-se que está intimamente ligado ao sistema nervoso, mas não há certezas sobre suas muitas prováveis causas (de mau posicionamento dental a fatores psicológicos).
Assim, quando os sintomas pioram muito, só me resta tentar apaziguá-los com analgésicos (pobres rins e estômago!), pomadas e massagens local com eletrodos, com os quais a querida, doce e fofa Dani Ramos presenteou-me numa visita. Isso tudo sabendo que, com o sono da noite, podem voltar a piorar.
É o que chamo de “enxugar gelo”.
2 comentários
Mta calma nessa hora
Vai passar
Só precisa encontrar o profissional certo
Pense numa fonaudióloga
Obrigada pela materia .tambem tenho .fiz terapia e por um tempo melhorou qdo estou cansada a dor de cabeça permanece o dia todo
Qdo faço meditação e diminuo meu ritmo durmo melhor e a bendita dor de cabeça some .
Vida e Sono melhor merecemos