Quarta à noite, futebol na TV… “programa de índio” pra cinéfilo.
Zapeando pelo limitado menu do meu pacote econômico de canais pagos, estaciono mal conformada no único em que está passando um longa que eu nunca assisti, só para ter um fundo sonoro pra minha navegação na internet.
E não é que uns diálogos muito loucos e originais roubam minha atenção da tela do computador?
Mais correto dizer que o longa de animação “Megamente” me hipnotizou pelos 80 minutos seguintes. Sua história e diálogos impagáveis brincam com muita inteligência com os clichês de filmes de super-heróis.
A subversão já começa pelo argumento, que escolhe um vilão como o protagonista.
Megamente tem este nome por causa do tamanho de sua cabeça, que abriga um cérebro privilegiado, mas que ele usa para tentar conquistar, ao longo de diversas disputas contra o super-herói Metro Man, a cidade de Metro City. “Tentar” porque todos sabemos que o mocinho sempre ganha, certo?
Mas este não é um filme de super-herói comum, por isso, um dia Megamente consegue vencer Metro Man e finalmente domina a cidade.
Após algum tempo, porém, nosso vilão entra em depressão ao perceber que, sem um oponente “do bem” para ocupá-lo, sua vida perdeu o sentido. É quando elabora um modo de criar um outro super-herói com quem possa brigar, mas é claro que nada sai como planejado.
A sinopse nem de longe dá uma ideia do quão divertido resulta o desenrolar dessa história. Os diálogos são pérolas de ironia e auto-tiração-de-sarro do gênero.
Para se ter uma ideia, o “pai espacial” que Megamente cria para orientar o novo super-herói tem a voz e – o topete – de Marlon Brando na pele do pai de Superman, no filme homônimo.
Ah… e a trilha sonora tem sucessos de grandes nomes do rock contemporâneo, como AC/DC, Ozzy Osbourne, Guns’N Roses e outras feras.
Mais cool impossível!
1 comentário
Essa animação é genial! Megamente tem muito de Lex Luthor.