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Já aviso que esta matéria é imprópria para maiores de 18 anos com alto nível de testosterona, porque o assunto é choro de homens.
Em respeito aos “machões” que continuarem a leitura a partir daqui, vou tentar não me derramar muito ao comentar o trabalho de atores que me emocionaram profundamente em cenas nas quais tiveram de interpretar um bom choro… sem perder a masculinidade. E não me refiro a chorinhos de olhos mareados não, mas àqueles de soluços abundantes.
Começo lembrando uma cena lindíssima de Johnny Deep no filme que dá nome a este post, “Por que choram os homens?“. Na última noite em que seu personagem passa com a amada (Christina Ricci), prestes a embarcar em definitivo para outro continente, ele segura a pose de fortão até ela adormecer em seus braços. Na madrugada, chora copiosamente agarrado a ela. Ai, ai…
Em “Fonte da Vida“, Hugh Jackman (ele mesmo, o Volverine de “X-Men”) surpreende quando seu personagem chora a morte da mulher (Rachel Weisz) a soluços soltos e altos, a câmera em close fechado sobre seu rosto. Foi a primeira vez que notei que, no meio daquela aura de galã com “cara de mau”, esconde-se um bom ator.
Passei a prestar atenção no escocês James McAvoy em “Desejo e Reparação“, particularmente na cena em que ele se despede de Keyra Knightley em um restaurante de Londres, antes de partir para a guerra. Sua atuação é econômica, mas intensa ao simular que tenta segurar o choro, mas fracassa. As lágrimas escorrem abundantes sobre sua expressão de sofrimento.
O inglês Ralph Fiennes também mostra todo o seu potencial dramático na explosão de dor de seu personagem diante da perda da amada em “O Paciente Inglês“.
Já Mel Gibson está se tornando um especialista no expediente. Chorou sobre a foto da ex-mulher morta, no primeiro “Máquina Mortífera“; quando o filho asmático entrou em choque, em “Sinais“; sobre o túmulo da mulher, em “Coração Valente“; sobre o cadáver de dois filhos, em “O Patriota“; quando achou que o filho sequestrado havia sido morto, em “O Preço de um Resgate“; e, se não me engano, numa cena de “Teoria da Conspiração“. Irregular, sua dramaticidade vai do caricato ao convincente, dependendo do filme.
Agora vou falar da cena que considero a top entre as tops no quesito. Desafio qualquer coração de pedra a assistir incólume a Al Pacino dar aquele grito sem voz nos minutos finais de “O Poderoso Chefão 3“, para, em seguida, explodir em um uivo de dor! As lágrimas não foram necessárias…
BRAVO!!!
1 comentário
Nossa, santa memória a sua! Cenas realmente tocantes e com bons atores. A de “Desejo e Reparação” talvez seja a minha preferida. A de Al Pacino é hours concours, rs.