República da terceira idade

Como refletor das realidades de cada época, o cinema já detectou a necessidade de criar obras que dialoguem com – ou retratem – uma parcela da população que só cresce: a idosa. Entre a comédia romântica “Alguém Tem que Ceder” (2003) e o drama “Amor” (Oscar de Melhor Filme Estrangeiro deste ano), uma gama de títulos enfocando protagonistas da terceira idade vem sendo lançada em diferentes gêneros.
O francês “E Se Vivêssemos Todos Juntos” cabe em mais de um. Sob direção do semi-estreante Stéphane Robelin, o filme vai do drama à comédia em vários momentos e com uma suavidade a que só o cinema francês permite-se. A atuação convincente de medalhões como Jane Fonda – ainda linda nos seus 76 anos de idade – e Geraldine Chaplin contribuem muito para fortalecer uma história improvável.
Um grupo de amigos na faixa dos 70 anos começa a ter sua liberdade e autonomia ameaçadas, tanto por problemas de saúde como por parentes mais jovens. Um deles então sugere que todos morem juntos na mansão de um deles para apoiarem uns aos outros. A ideia é rechaçada no início, mas acatada por força de circunstâncias que não entregarei aqui.
Difícil no início, a convivência entre amigos com histórias de vida entrelaçadas e segredos compartilhados chega a render boas risadas. A mudança de um jovem mestrando para o casarão fornece ainda mais munição para o humor.
Robelin opta por não pesar a mão no drama Afinal, seus idosos não precisam de nossa solidariedade. São bem resolvidos, modernos, classudos. Do que mais classificar um grupo que toma champanhe como lanche da tarde mesmo à cabeceira de uma paciente de câncer?

Como refletor das realidades de cada época, o cinema já detectou a necessidade de criar obras que dialoguem com – ou retratem – uma parcela da população que só cresce: a idosa. Entre a comédia romântica “Alguém Tem que Ceder” (2003) e o drama “Amor” (Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2013), uma gama de títulos enfocando protagonistas da terceira idade vem sendo lançada em diferentes gêneros.

O francês “E Se Vivêssemos Todos Juntos” cabe em mais de um. Sob direção do semi-estreante Stéphane Robelin, o filme vai do drama à comédia em vários momentos e com uma suavidade a que só o cinema francês permite-se. A atuação convincente de medalhões como Jane Fonda – ainda linda nos seus 76 anos de idade – e Geraldine Chaplin contribuem muito para fortalecer uma história improvável.

Um grupo de amigos na faixa dos 70 anos começa a ter sua liberdade e autonomia ameaçadas, tanto por problemas de saúde como por parentes mais jovens. Um deles então sugere que todos morem juntos na mansão de um deles para apoiarem uns aos outros. A ideia é rechaçada no início, mas acatada por força de circunstâncias que não entregarei aqui.

Difícil no início, a convivência entre amigos com histórias de vida entrelaçadas e segredos compartilhados chega a render boas risadas. A mudança de um jovem mestrando para o casarão fornece ainda mais munição para o humor.

Robelin opta por não pesar a mão no drama. Afinal, seus idosos não precisam de nossa solidariedade. São bem resolvidos, modernos, classudos. Do que mais classificar um grupo que toma champanhe como lanche da tarde mesmo à cabeceira de uma paciente de câncer?