A história deste blog foi gestada durante um ano inteiro da minha vida que passei como jamais imaginei em meus piores pesadelos… ou sonhos.
Pesadelos porque tudo começou com um grave acidente de moto, no qual fraturei ossos das duas pernas… Sonhos porque, ironicamente, marcou o início de um processo de auto-conhecimento e resgates pessoais que nunca havia experimentado antes.
Passado o período de visitas e testemunhos de solidariedade que comumente se segue a um sinistro, ficamos só eu e meu marido às voltas com meus tratamentos. Ainda assim, na maior parte do tempo, de certa forma eu estava sozinha naquela condição de imobilidade e dependência física total, tentando elaborar aquilo tudo na minha cabeça.
Escrever, então – algo que passei décadas fazendo só profissionalmente -, passou a ser uma necessidade existencial e acabou se revelando terapêutica.
Publicar meus escritos no Facebook foi uma ação reflexa, que resultou numa interação insuspeita e muito bem-vinda em um período de isolamento forçado.
Fui estimulada a escrever mais e logo a criar um canal onde pudesse reunir meus escritos.
A rotina de hospitais, cirurgias, exames, sessões fisioterápicas e terapêuticas só me permitiu seguir essa sugestão quase um ano depois e graças a cursos online – que me obriguei a fazer nos períodos de convalescença para aproveitar o tempo de forma mais útil. Aprendi a criar blogs e o Palavreira foi o primeiro “filho” desta nova habilidade.
O nome referencia uma profissão imaginária de combinar palavras para dar sentido às coisas. E porque me imagino, às vezes, colhendo palavras de uma árvore frondosa para alimentar minha alma sedenta de expressão. Se essa árvore existisse, eu a chamaria assim (by the way, nasci no Dia da Árvore).
O blog Palavreira começa com alguns textos selecionados entre os que publiquei na rede durante meu período de recuperação, sob a hashtag “Crônicas de Acidentada”. Também selecionei os artigos que mais gostei de publicar no jornal onde trabalho desde 2012.
A ideia é que isso seja só o começo…
Porque escrever pura e simplesmente para expressar o que vai na alma, sem preocupação com objetividade ou deadlines, foi um prazer que resgatei para todo o sempre.
Pretendo seguir abastecendo o Palavreira com textos autorais, mas também com colaborações de amigos e qualquer outro conteúdo interessante – inclusive notícias – para quem, como eu, está disposto(a) a compartilhar a paixão pela escrita e o prazer da leitura neste fórum.
Considere isso um convite.
1 comentário
Marcinha, hoje, com um tempinho sobrando, vim aqui espiar o blog! Adorei e saiba que sou sua fã! Um beijo carinhoso!