‘Vingadores’: pura diversão!

Acreditem ou não, filmes de ação costumam me despertar uma imensa preguiça de ir ao cinema porque, ironicamente, as sequências-razão-de-ser do gênero – lutas, tiroteios, explosões, perseguições – são justamente as que me matam de tédio. Quando elas começam chego ao ponto de ficar procurando fissuras no teto ou imperfeições na estante da sala – ou qualquer outra distração para passar o tempo até a história recomeçar do ponto em que a “sessão testosterona” a interrompeu.
Precisei explicar isso para que o leitor tenha a dimensão do quanto significa para mim fazer a confissão a seguir:

“Os Vingadores” é DEMAAAAAAAAAAAAAAAAAAIS!!!

Dá para contar nos dedos quantas vezes um entretenimento de ação fez eu me render com tamanha entrega a diversão pura, anestesiante, AMNÉSICA!

Só para constar: não sou completamente refratária ao gênero. Quando um filme alia a ação a uma boa história (e bem contada), como em todos os filmes de Christopher Nolan (“Batman Begins”“O Cavaleiro das Trevas”“A Origem”, etc) ou na série “Star Wars”, por exemplo, também me rendo sem pudores.

Mas nem estou bem certa se este é o caso em “Os Vingadores”. A história sequer é surpreendente, já que várias produções – de medíocres a medianas – vinham preparando o público para ela.

Começa quando uma arma alienígena é roubada de uma base ultra-secreta pelo Asgardiano Loki e o alto agente da Inteligência norte-americana Fury (Samuel L. Jackson) decide convocar os super-heróis que ele vem recrutando há alguns filmes: Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Incrível Hulk (Mark Ruffalo) e Viúva Negra (Scarlett Johansson). O semideus asgardiano Thor (Chris Hemsworth) entra na parada para tentar conter o irmão adotivo, e o Arqueiro (Jeremy Renner), que começa o filme dominado pelo vilão, a certa altura também adere ao “time do bem”.

O que torna esta produção impagável, para além dos esperados efeitos especiais de última geração e do perfeito timing de ação da montagem, são dois ingredientes genialmente combinados: o humor que embala toda a ação e a química perfeita entre os atores escolhidos.

ALIÁS, por favor, permitam-me pagar-pau para a boa forma de Chris Evans, para a voz sedutoramente grave de Chris Hemsworth e para o irresistível ar de bebê chorão de Mark Ruffalo – e o que é o CHARME daquele Robert Downey Jr!!! Tá bom, posso estar me deixando levar pelo entusiasmo pós-filme, mas até a atuação de Tom Hiddleston como Loki me fez adorar odiá-lo. Ele mandou muito bem!.

Ah… Scarlett Johansson está “boazinha” também…